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Diário de uma Alquimista

blog pessoal de andreia gonçalves

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21 de Abril, 2020

Adopt A Pet Quiz

Andreia Gonçalves

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Adotar um cão ou outro animal de estimação é adotar um elemento da família, devendo essa decisão ser tomada em conjunto. Há vários estudos que falam sobre os benefícios de adotar um cão, em ambos os sentidos, seja para quem o adota, seja para quem é adotado. Do lado dos humanos, está comprovado que os cães ajudam na interação entre os membros da família, promovem a diminuição do stress dos humanos e são uma excelente companhia. Já do lado dos animais, existem muitos cães abandonados a precisar de um lar.

Nesta quarentena, tem-se registado um número crescente de abandono de animais de companhia, com a justificação de que estes podem transmitir o vírus, uma informação que tanto a Organização Mundial de Saúde como a Ordem dos Médicos Veterinários já garantiram ser falsa e que não há evidência cientifica de transmissão entre humanos e animais domésticos.

Do lado oposto, tem-se assistido a um número exponencial de pedidos de adoções junto de alguns centros de acolhimento, das quais mais de 70% não são conscientes, isto é, são decisões tomadas por impulso para preencher a solidão, temendo-se que, após esta fase, esses animais sejam novamente abandonados.

Se a existência de mais tempo livre e o sentimento mais solidário deste isolamento pode ajudar na adaptação do animal, no entanto, deve-se ter em conta a rotina familiar pós quarentena. Há várias questões a considerar antes de trazer um novo elemento da família para dentro de casa.

Responde ao quiz e descobre se estás preparada para adotar um cão:

  1. Tenho disponibilidade emocional para ter um cão?

Esta é uma questão que deve ter muito peso na decisão. Os cães, ou outros animais de companhia, precisam de atenção, dedicação e amor. Se respondeste sim, deves continuar o quiz. Caso a resposta seja negativa, deverás esquecer a adopção e procurar um hobbie.

  1. Moro num apartamento ou numa vivenda com jardim?

Deves escolher o perfil do cão (tamanho, características comportamentais, tipo de pelo, etc.) tendo em conta o local onde vives (apartamento, moradia, etc.). Cães grandes e enérgicos são ótimos para pessoas muito ativas, com tempo livre para os levar a passear de forma diária, sendo indicados para ambientes espaçosos e com jardim. Cães de porte pequeno e menos energéticos são uma boa opção para pessoas que habitam em apartamentos e/ou que não têm tanto tempo diário disponível para grandes passeios. É muito importante ter esta informação antes da adoção.

  1. Estou preparada para perder alguns dos meus bens materiais?

Os cães são encantadores quando dão a pata, quando sentam, deitam, rebolam ao nosso comando, quando apanham no ar a bola que lançamos. Mas para chegar a este ponto existe todo um processo longo de aprendizagem. Pelo caminho existirão xixis e cocós por todo o lado, até eles compreenderem onde é o local indicado para o fazerem. Haverá muitas almofadas desfeitas, pernas da mesa roídas, já para não falar de sapatos ou tudo o que eles possam alcançar. É preciso estar preparada para perder alguns bens materiais e paciência para os educar. Se achas que não tens perfil nem para apanhar cocós e limpar xixis logo pela manhã ou perderes aqueles sapatos, é melhor esqueceres a ideia romântica de ter um cão. Se estás motivada para ensinares um cão a ter comportamentos mais educados, deves prosseguir este quiz.

  1. Tenho tempo livre para dedicar ao cão?

Temos de ter conta não só o tempo de passeio, mas também o tempo para cuidar da sua higiene diária, assim como de tempo para brincar, para dar mimos e amor! Se a resposta for negativa, podes terminar o quiz por aqui e esquecer esta ideia.

  1. Tenho disponibilidade financeira para manter um cão?

Alimentação, cuidados e consultas veterinárias têm um custo considerável no orçamento familiar, bem como os custos com legalidades e impostos. O cão precisa igualmente de alguns acessórios básicos e que o façam sentir-se bem, como uma caminha, trela e coleira, acessórios para os cuidados de higiene básicos e brinquedos. Para as viagens, uma capa de proteção para o automóvel é essencial e uma caixa transportadora, obrigatória. Antes de decidir adotar um cão, deves elaborar uma lista de custos e se concluíres que o teu orçamento não te permite ter um cão, não o deves fazer.

  1. Estou disponível para levar comigo o meu cão de férias ou tenho alternativa para o deixar durante esse período?

Se chegaste a esta última questão, não significa que estás preparada. Ainda há mais a considerar antes da grande decisão. Todos os anos assistimos a esta triste realidade: as famílias vão de férias e deixam os seus patudos para trás. Portanto, para concluir, responde sinceramente: estás disponível para condicionar o teu destino de férias em função do teu patudo? Lembra-te que são mais os locais que não aceitam animais de estimação do que aqueles que os aceitam. A busca por um local de férias passará a ser muito mais criteriosa. Além disso, estão interditos na maioria das praias, por exemplo, ou outros locais de veraneio. Podes sempre ter alternativa para deixar o teu patudo durante um período de ausência e aí esta questão ficará resolvida!

Aproveita para seguires as aventuras de um cadela muito feliz no instagram em @pandora_thepuppy 

01 de Abril, 2020

Ups! Emaranhei-me nas redes sociais

Andreia Gonçalves

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Quando entrei para jornalismo ainda não existia o fenómeno das redes sociais, nem smartphones com internet que nos “obrigam” a estar ligados 24 horas por dia. Existia na altura o Hi5, mas só ia cuscar o que este ou aquele andava a fazer, assim uma vez por semana, até porque nunca fui muito de “passar tempo” no computador, o youtube não tinha a dimensão de hoje (muito menos se falava de youtubers ou vlogs, etc.). Para mim, era meramente funcional para trabalhar. Claro que as coisas mudam, evoluímos ao ritmo das novas tecnologias e das modas e hoje posso dizer que me “emaranhei” (emaranhar - misturar, enredar) nas redes e é um mundo que realmente me fascina. Isto não aconteceu assim há tanto tempo, mas quando conto isto aos meus colegas da equipa, por exemplo, que hoje têm 15 anos, eles acham muita piada e não conseguem perceber que existiu uma vida sem telemóvel e quatro canais de televisão! Adiante…

Hoje aconteceu-me uma coisa espetacular. Reencontrei uma amiga da faculdade no facebook. É banal? Sim, mas esta não é apenas uma colega de faculdade. Foi a primeira pessoa com quem falei na faculdade! Literalmente a primeira pessoa.

Estava sentada ao cimo das escadas à espera da minha vez para fazer a matrícula quando ela se aproximou e me perguntou se tinha uma caneta a mais (agora que penso bem já não sei se foi ao contrário, mas não interessa). A partir desse momento já não nos largámos. Falámos durantes aquelas longas horas de espera ou não fossemos nós de comunicação: ela do curso de relações públicas, eu de jornalismo. Ficámos ainda mais contentes quando descobrimos que íamos ficar na mesma turma, pelo menos no primeiro ano que tinha o tronco comum. Afinal, eu que estava sozinha em lisboa a 200 e tal quilómetros de casa e ela foi uma das melhores amizades da faculdade e que me deu colo quando precisei. 12 anos depois, lembro-me das várias peripécias que passámos juntas, rimos, chorámos… enfim. Não cheguei a conhecer a família dela, mas ela veio passar um fim de semana à minha terra com o namorado da altura e conheceu a minha casa, levou produtos caseiros, conheceu a minha realidade e aquilo de que eu tanto falava (sim, a turma inteira sabia de onde eu era! ahaha)

À medida que o curso avançou fomos perdendo o contacto, isto porque na altura o facebook só estava a começar e não existia esta febre das redes sociais. Havia o Hi5 e eu passava semanas sem dar atenção, até porque não havia smartphones com wi-fi. Mas já havia wi-fi! Ahaha! É engraçado que, depois da conversa desta manhã, ambas pensávamos uma na outra de vez em quando. Já tinha procurado por ela nas redes sociais atuais, mas não sei porque raio nunca tinha encontrado o perfil dela nem ela o meu. Hoje de manhã, foi com espanto que vejo o pedido dela de amizade. Ambas seguimos os nossos destinos, mas a amizade que nos uniu durante aquele tempo renasceu. Foi tão bom, tão maravilhoso que fiquei mesmo emocionada. Aqueceu-me cá dentro e deu-me alento para continuar esta quarentena com esperança de que em breve vamos poder reencontrar-nos! Prometemos nunca mais perder o contacto, é para isso que as redes sociais servem, certo? (ler com uma pitada de ironia).