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Diário de uma Alquimista

blog pessoal de andreia gonçalves

Diário de uma Alquimista

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10 de Junho, 2020

Prepara a tua pele para um bronze espetacular

Andreia Gonçalves

Dica da semana #3 - Esfoliar

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Sabem aquelas alturas em que estamos a colocar creme no rosto ou no corpo e parece que não faz qualquer efeito? E a aplicar maquilhagem no rosto e a pele não fica uniforme? No meu caso, significa que estou a desleixar-me na minha rotina diária e semanal. Acontece!

Limpar, tonificar (ler a sua importância neste e neste post) e hidratar são três passos que já há muito entraram nos meus hábitos diários, pois quero muito manter a minha pele saudável e jovem por mais tempo. E depois tento manter mais dois rituais todas as semanas: esfoliar e aplicar uma máscara de recuperação. Mas, claro, nem sempre há tempo, nem paciência e isso nota-se: pele que fica mais oleosa, mais baça…

E agora que andamos com mais pele à mostra é ainda mais importante cuidar dela.

Além da proteção, porque só temos uma pele para a vida inteira (ler texto sobre proteção solar aqui), todas gostamos de ficar com aquele ar douradinho saudável e para isso esfoliar o rosto e o corpo é fundamental!

A esfoliação é essencial para uma pele saudável. Remove as células mortas e outras impurezas que estão à superfície da pele. A esfoliação acelera a renovação celular, limpa a pele em profundidade e liberta-a de células mortas, deixando-a pronta para ser hidratada, nutrida e para ficarmos com um bronze uniforme e duradouro. É um ritual faço semanalmente. Se não permitirmos que a pele respire, não há hidratante que valha!

O meu ingrediente mágico é o caroço de azeitona que faz uma esfoliação suave no rosto e no corpo, sem agredir. Com a pele molhada é só aplicar em movimentos circulares, com pressão moderada e de forma homogénea e com mais pressão em áreas ásperas como joelhos, cotovelos e calcanhares. Depois é só hidratar e, muito importante, usar protetor solar!

03 de Junho, 2020

Nós decidimos como viver as mudanças

Andreia Gonçalves

Sabem aquelas raparigas da escola que quando o professor de Educação Física vira costas se encostam à parede mais próxima a descansar? Aquelas que gostam mais de falar do que correr? Era eu! Tal e qual! Só aos 30 anos descobri o desporto. Vou contar-vos a minha história e espero que inspire outras pessoas a mudar de atitude.

Sempre fui magra e, portanto, nunca me senti mal no meu corpo quando me olhava ao espelho. Como qualquer rapariga tinha e tenho alguns complexos, mas nunca tive o problema de ter peso a mais. Mas a partir dos 27 anos comecei a engordar em duas zonas críticas para todas as mulheres: ancas e barriga. E cada vez menos gostava daquilo que via. Mentalizei-me que tinha de fazer exercício físico porque além destas gordurinhas a mais, também me sentia como uma porta velha que range quando se abre e, subir até ao 3º andar de um prédio era como correr uma maratona. Frequentei aulas de grupos daquelas modalidades da moda, mas não senti diferenças, já para não falar da preguiça de ir às aulas depois de um dia de trabalho, ou porque estava frio, ou calor…enfim, havia sempre coisas mais importantes para fazer. Não havia foco, entendem? Portanto, qualquer modalidade que tentasse praticar não ia resultar. Até que, depois de um ano em casa e desempregada, além do estado físico, o estado mental começou a ceder e aí tive de travar a fundo. Comecei então com treino funcional. Sós vos digo, depois da primeira aula andei 15 dias para me sentar na sanita! Juro. E o conceito de sentar passou a ser atirar-me para cima de alguma coisa sem não mexer um único músculo. Tal como descer ou subir escadas que passaram a representar momentos de autotortura. Acho que até o ar à minha volta me doía… Mas, ao mesmo tempo pensei: se os outros conseguem, eu também vou conseguir. E assim foi. Depois de três meses comecei a ver resultados e isso é que me motivou a querer mais e mais.

A corrida surgiu depois por influência do meu namorado que me incentivou a tentar. Sim, a tentar. No primeiro dia corri 500 metros e andei para morrer. O resto do percurso fiz a andar. Que se lixe…não tenho resistência nenhuma e porquê? Porque nas aulas de Educação Física não mexia uma palha e depois da escola também não. Sabem aquele cansaço bom depois de correr? Não, não sabia o que era. Aquelas dores nos músculos que toda a gente fit diz que sabem bem? – o quê? Há dores que sabem bem? What?

Tudo tem um começo e depois de correr 500 metros, consegui chegar aos 700 (e não estou a exagerar, ok? Foi exatamente assim) Meses mais tarde consegui fazer uns dois, três quilómetros, mas não totalmente a correr. Ia andando e correndo. Até que surgiu a minha primeira minimaratona – história completa neste post. A partir daí, não mais parei até hoje. Se tudo começou com uma questão de autoestima, hoje é muito mais que isso. É superação pessoal, é autoconhecimento, é sofrimento, é satisfação. É sentir-me viva e que sou capaz de enfrentar qualquer obstáculo, basta fazer por isso! Somos nós que decidimos como viver as mudanças. Hoje, sim, sei o que é dor que sabe bem, cansaço bom e bolhas nos pés a toda a hora! E levantar-me ao domingo de manhã para fazer provas de 10k? Ah, pois, é! Por isso, faça chuva, faça frio, faça sol ou calor arrasto o esqueleto para ir correr. Há objetivos, há conquistas que quero alcançar. Este é o meu mantra: estar menos lontra, ficar sem buracos nas nádegas e coxas, conseguir empinar o rabo para cima, ter mais mobilidade - porque uma pessoa já não vai para nova - suar que nem uma porquinha e a seguir sentir que posso comer todas as batatas fritas que quiser (sentir só, ok?) e, de vez em quando alcançar um pódio, de preferência com prémio monetário para a seguir ir gastar em gelados!

01 de Junho, 2020

Ser criança nos anos 80

Andreia Gonçalves

Apresento programas de televisão desde os 3 anos. No terraço da casa dos meus pais, em frente à janela, cujo reflexo servia para eu ver se a emissão estava a correr bem, era apresentadora de programas de entretenimento como os “Jogos sem fronteiras”, “Um dois três” e, mais tarde, o “Chuva de Estrelas”, entre outros. Foram tantos que já nem me lembro.

Pertenço à geração de crianças que eram crianças. Brincava na rua até as luzes dos candeeiros da iluminação pública acenderem e a minha mãe pertencia à brigada da chamada à varanda com o grito: “andreia anda já jantar!”

Percorria a vila na minha bicicleta bmx de marca branca com almofadas amarelas e pneus rosa choque, andava nos circuitos improvisados em terra batida que incluíam túneis formados por silvas e tábuas a fazer de ponte, junto ao parque infantil do meu bairro. Jogava à bola com os rapazes e esfolava os joelhos a jogar às escondidas, tal não era a pressa que tinha em me esconder. Andava de baloiço mesmo naqueles que hoje são proibidos existir nos parques infantis, bebia água da fonte que mais tarde se descobriu que era imprópria para consumo.

Ia para a escola a pé desde os quatro anos porque, segundo a minha mãe me contou, no primeiro dia de aulas, quando me entregou de coração apertado às educadoras, eu lhe respondi que se podia ir embora porque já sabia o caminho para casa e assim foi até ao final do 4º ano. E não pensem que o percurso não era perigoso: atravessava um carreiro em terra batida, onde tinha de ter muito cuidado para não parar à ribeira que passava mesmo ao lado.

E ainda me lembro das festas de anos na Pastelaria Rosa que tinham direito a um bolo à nossa escolha e um sumo…ainda sinto o sabor daqueles croissants com chocolate acabados de fazer ou dos pastéis de nata!

Brincava às lojas e as casinhas nos muros da casa dos meus pais que serviam de balcão com caixa registadora a fingir, produtos imaginários e clientes exigentes que só existiam na minha imaginação. Noutros dias era empregada de escritório e noutros era apenas professora dos meus “carecas” (nome dos anos 80 para nenucos) que teimavam em querer aprender. Os desenhos animados só davam ao sábado e ao domingo de manhã e chorava sempre que acabavam como se fosse a maior desgraça da semana!

Tive uma infância feliz graças aos meus pais que me deram a oportunidade de brincar. “Mãe, gosto tanto, tanto de brincar. Nunca me canso. E quando deixar de gostar?” – esta era a minha verdadeira preocupação diária! Vidas! Hoje sinto que ainda tenho um pouco dessa criança em mim e não a quero perder porque um dia quero dar a mesma oportunidade para que as minhas crianças sejam realmente crianças!