Mal-me-quer, bem-me-quer
O sofrimento de querer agradar a todos
Mal-me-quer, bem-me-quer, mal-me-quer, bem-me-quer, pétala a pétala vamos depenando o malmequer até ao fim. Chegadas à última pétala, a derradeira resposta: bem me quer ou mal me quer?
Uma simples brincadeira de criança era reveladora do sentimento dos outros em relação a nós – significa que desde cedo queremos ser aceites pelos outros e nos preocupamos com aquilo que os outros pensam. Querer agradar e ser reconhecido pelos outros não é necessariamente mau. O problema surge quando esses sentimentos se transformam numa necessidade, ou seja, precisar da aprovação dos outros para sermos felizes seja a nível pessoal, quer profissional. Passamos a viver numa espécie de dependência, um sofrimento de querer agradar a todos.
“Vendemos” as nossas convicções, transformamo-nos noutras pessoas só para nos sentirmos integrados deixamos de gostar e de acreditar em nós mesmos.
Deixamos de ser ativos nas ações e opiniões e passamos a ter uma atitude passiva a reboque da maioria. A nossa vida passa a ser vivida através dos olhos dos outros, perdendo a nossa autenticidade, a nossa essência como pessoa, a nossa MARCA PESSOAL.
Tenho uma coisa para vos contar: nunca vamos conseguir agradar a todas as pessoas, haverá sempre alguém que num determinado momento não vai concordar connosco. O segredo é como vamos lidar com isso. Não concordar não significa rejeitar, ninguém é igual a ninguém, por isso, aceitar as diferenças e respeitar a opinião dos outros sem a entendermos como um ataque é um dos primeiros passos para nos libertarmos dessa dependência.
A aprovação dos outros não é essencial para sermos felizes. Há uma primavera em cada um de nós: vamos renovar a nossa atitude e ser menos exigentes connosco mesmos. A felicidade não está nos outros, está em nós!
Bem-vinda, primavera!